Luciana Genro adianta: “Será preciso contrariar interesses”
O que pensa e o que propõe a candidata à presidência do PSoL
Luciana Genro adianta: “Será preciso contrariar interesses”
Luciana Genro disse que, se for eleita presidenta, não irá governar para todos, mas, sim, para a maioria da população, contrariando interesses do capital financeiro e das famílias mais ricas do país. “Não acreditem nestes candidatos que prometem que vão governar para todos, eles querem manter tudo como está. Para fazermos as mudanças necessárias, será preciso contrariar interesses”, expressou.
A candidata defendeu aquele que considera um dos eixos principais de sua campanha: a taxação das grandes fortunas. Com uma alíquota anual de 5% sobre as fortunas acima de R$ 50 milhões, Luciana disse que é possível arrecadas R$ 90 bilhões por ano – o mesmo valor previsto no orçamento federal para a Educação em 2014. “Hoje quem mais paga imposto são os trabalhadores, os assalariados, os aposentados e a classe média, que recebem um retorno do Estado de forma muito precária. O imposto sobre as grandes fortunas está previsto pela Constituição Federal e nunca foi regulamentado. As 15 famílias mais ricas do país acumulam uma riqueza equivalente a dez vezes o que o Brasil gasta com o Bolsa Família, que atende a 14 milhões de pessoas. Essa é uma vergonha nacional”, criticou.
Outra ênfase na fala de Luciana Genro foi a defesa dos aposentados. Ela lembrou que foi expulsa do PT no ano de 2003 justamente porque se recusou a votar contra a Reforma da Previdência defendida pelo governo Lula, que atacava direitos dos trabalhadores. “Nossos aposentados sofrem por causa do Fator Previdenciário, que foi uma maldade feita pelo Fernando Henrique e mantida e ampliada pelo PT do Lula e da Dilma. Queremos o fim do Fator Previdenciário e que os aposentados tenham o mesmo reajuste que o salário-mínimo”, defendeu a candidata, sendo aplaudida por aposentados que acompanhavam seu pronunciamento.
A candidata também defendeu que o BNDES seja utilizado para fomentar cadeias produtivas e setores econômicos de pequeno e médio porte – e não grandes conglomerados empresariais, como tem sido feito durante os governos petistas. Luciana citou o caso da Friboi, que recebeu milhões do BNDES e comprou diversos frigoríficos pequenos, acabando por monopolizar o setor. “O BNDES não atende às necessidades sociais, atende a um grupinho de 12 grandes empresas. Empresas essas que depois de receber recursos do BNDES desempregam o povo, como acontece com a Friboi, que agora está anunciando demissões em São Paulo”, observou.