Vamos torcer pelo Brasil, mas pelas manifestações também
A Copa no Brasil está chegando e as críticas não param. A sociedade está indignada com os gastos realizados. O pior é que além do espetáculo da Copa, prometeram coisas que realmente transformariam a vida dos cidadãos como, transporte público de qualidade, melhorias nas rodoviárias e aeroportos, um sistema de telefonia mais moderno, mais segurança, só que, como todos sabemos, essas intervenções estão ocorrendo às pressas, sem qualidade alguma. Tudo está sendo maquiado para a Copa.
E diante de todos os absurdos que fomos obrigados a engolir durante os últimos anos, reafirmamos que vamos protestar – antes, durante e depois da Copa – é direito e dever de uma população que pratica a cidadania ativa. De forma organizada, pacífica e com pautas claras, para que não haja manipulação dos conservadores de plantão.
Não podemos nos calar diante de tamanha afronta. Pasme com a declaração da própria diretora do Comitê Organizador Local da Copa do Mundo, Joana Havelange, filha de Ricardo Teixeira, ex-presidente da CBF, “O que tinha que ser gasto, roubado, já foi. Se fosse para protestar, que tivesse sido feito antes”.
A previsão é que seriam gastos R$3 BILHÕES, mas já foram utilizados R$26 BILHÕES, quase 9 vezes a mais que o orçamento inicial. Faltou planejamento? Não. Foi tudo arquitetado para que o setor privado saísse ganhando com isso. Está na boca do povo: a Copa do Mundo, agenciada pela Fifa, atendeu interesses econômicos muito poderosos. E o interesse público foi colocado em último lugar.
Quem se favoreceu com a Copa são as grandes empresas de construção, a Fifa, as empresas patrocinadoras, as corporações de mídia, as grandes imobiliárias e outras grandes empresas. Todas tiraram sua casquinha. E os maiores partidos políticos? Esses também parecem ter garantido o financiamento milionário das próximas campanhas eleitorais.
Arlei Medeiros
Presidente do PSoL Campinas
Coord. Observatório de Gestão Pública do Trabalhador